Província ultramarina

Província ultramarina é uma divisão administrativa criada pelo Estado Novo Português e atribuído por este às colónias portuguesas. O regime político de Salazar e Marcello Caetano consideravam que esses territórios não eram colónias, mas sim parte integrante e inseparável de Portugal, considerando-o como uma "Nação Multirracial e Pluricontinental".

Em 1975, esta designação perdeu o seu significado após a Revolução dos Cravos pois todas as colónias portuguesas, à excepção de Macau, se tornaram independentes de Portugal.

 

Em 1955 Angola adquiriu o estatuto de Província Ultramar português. 

Em 1961 eclodiu a guerra de guerrilhas, movida por três movimentos armados (MPLA, FNLA, UNITA), que só viria a terminar em 1974, pela eclosão, em Portugal, do 25 de Abril. A transição para a independência, verificada em 11 de Novembro de 1975, foi particularmente violenta, envolvendo-se os três movimentos numa autêntica guerra civil de que viria a sair vencedor, na sua primeira fase, o MPLA, apoiado por Cuba, e URSS.  Entre 1975 e 1990 o país imergiu num clima de guerra civil, opondo as tropas de Luanda às de Jonas Savimbi. presidente da Unita, com sede no "sul de Angola". Por mediação portuguesa, foi conseguida a paz (Acordo de Bicesse), constituída a Comissão Permanente Civil e Militar conjunta, Savimbi regressou a Luanda, as tropas dos dois grupos em luta foram confinadas a campos sob observação da ONU, e marcaram-se eleições para finais de 1992.