O tráfico de escravos

O tráfico de escravos foi uma das maiores tragédias da história da Humanidade . Vindos de África, em navios negreiros e transportados em condições desumanas, mal alimentados, acorrentados, cobertos de imundícies e apinhados às centenas nos porões, homens, mulheres e crianças eram depois vendidos nos mercados como se fossem animais.De acordo com diversas necessidades, a exploração colonial passa assim por diferentes fases. A primeira manifestação foi o comércio de escravos enviados através do porto de Mpinda no município do Soyo em 1490. Vários navios de Portugal chegaram trazendo artigos de comércio, padres franciscanos e alguns pedreiros para ajudarem a construção de uma igreja e do palácio do rei Nzinga-a-Nkuku. Os navios voltaram a Portugal evando consigo escravos, marfins e tecidos do Congo feitos por artesãos

Navio negreiros, transportando escravos de África para América em condições desumanas em 1815, de pois da chegada em América eram vendidos pelos Senhores ( fazendeiros

Contra estas atrocidades o povo levantou-se em rebelião. Milhões de angolanos morreram nas guerras de resistência contra o invasor colonialista ou pereceram devido a fome ou a doença. Novas formas de exploração se sucederam. Assim, em meados do século XIX, os colonos pressionados e com a anuência de algumas igrejas iniciaram as celebres campanhas de pacificação que mais não eram do que campanhas militares e políticas visando a demarcação de fronteiras e a ocupação das melhores terras pelos colonos, empurrando os verdadeiros donos das terras para as zonas menos favoráveis.

A exploração petrolífera da região começou em 1965, esteve vários anos afectada pela guerra e assume neste momento juntamente com a província de Cabinda, o principal papel na economia angolana. Entretanto, existem outros grandes recursos por explorar, nomeadamente o cobre, a rocha asfaltica, o granito, o ferro e outros. Na exploração agrícola, a terra é a maior riqueza devido à sua fertilidade e por dar trabalho a quase 90 por cento da população activa. Cultiva-se feijão, amendoim, mandioca, batata doce, milho, banana e outros produtos considerados de base para a dieta alimentar da população. Como grande parte da região norte, na província do Zaire, existe igualmente focos de café nos arredores de Mbanza Congo, Tomboco, Noqui, Nzeto e Kuimba.

A economia da província não conheceu outros progressos devido à guerra. Durante o período colonial em função da guerra de libertação nacional que se fazia sentir na área por um lado e a falta de força de trabalho para o seu desenvolvimento por outro, porquanto a maior parte da população se havia refugiado no exterior (Congo Democrático), fugindo os horrores da guerra e da exploração imposta pelos colonos.